Condenado pela morte de Ceci Cunha, ex-deputado Talvane Albuquerque deixa a prisão

Condenado pela morte de Ceci Cunha, ex-deputado Talvane Albuquerque deixa a prisão

Por g1 AL

O ex-deputado Talvane Albuquerque, condenado por ter mandado assassinar a deputada federal Ceci Cunha em 1998, em Maceió, conseguiu progressão de pena para o regime semiaberto e deixou nesta segunda-feira (25) o presídio onde cumpria a sentença.

O alvará de soltura foi recebido pela Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), que administra os presídios. Agora, o réu passa a ser monitorado fora do presídio.

A reportagem do g1 entrou em contato com a 16ª Vara de Execuções Penais para saber detalhes da decisão que concedeu sua liberdade e aguarda retorno.

Pedro Talvane Albuquerque Neto foi condenado em 2012 pelo Tribunal do Júri da Justiça Federal de Alagoas. Os jurados reconheceram a acusação de que o crime foi planejado porque ele não se conformava em não ter sido eleito e acabou como primeiro suplente de deputado.

Com a morte de Ceci, Albuquerque poderia obter o cargo. No atentado, além da deputada, faleceram mais 3 pessoas de sua família.

Em maio deste ano, o ex-deputado teve a pena reduzida para 92 anos, nove meses e 27 dias. Na decisão que reduziu sua pena, os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entenderam que a pena não poderia ser agravada com a alegação de que o comportamento da vítima não contribuiu para o crime.

Foram assassinados a tiros no dia 16 de novembro de 1998 a deputada federal Ceci Cunha; seu marido, Juvenal Cunha da Silva; o cunhado, Iran Carlos Maranhão Pureza; e a mãe de Iran, Ítala Neyde Maranhão.

No momento do crime, as vítimas preparavam uma comemoração na casa de Iran, no bairro Gruta de Lourdes, em Maceió. Ceci seria diplomada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) nesse dia.

O crime foi planejado por Talvane Albuquerque, que não se conformou em não ser eleito e acabou como primeiro suplente de deputado. Com a morte, Albuquerque poderia obter o cargo.

Segundo as investigações, o primeiro alvo seria o deputado federal Augusto Farias, que tomou conhecimento do plano e acabou frustrando a ação dos envolvidos. A deputada Ceci Cunha, segundo a acusação, seria uma espécie de plano B. Após o crime, Pedro Talvane ainda chegou a tomar posse na Câmara Federal, em fevereiro de 1999, mas foi cassado no dia 8 de abril por quebra de decoro parlamentar.

O caso foi julgado em janeiro de 2012. O ex-deputado Talvane Albuquerque foi condenado a 103 anos e quatro meses de reclusão como autor intelectual. Além dele, Jadielson Barbosa da Silva e José Alexandre dos Santos foram condenados a 105 anos; Alécio César Alves Vasco, a 86 anos e cinco meses; e Mendonça da Silva a 75 anos e sete meses. Todos os acusados foram condenados a cumprir pena em regime fechado.

Redação

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