OAB Alagoas recomenda o uso de fogos de artifício sem estampidos

OAB Alagoas recomenda o uso de fogos de artifício sem estampidos

Prejuízos causados às Pessoas Com Deficiência (PCDs), aos idosos e aos animais devem ser considerados na hora de utilizar o item

O uso de fogos de artifício com estampido pode acabar com a alegria que envolve as comemorações juninas. Isso porque o barulho provocado pela explosão gera incômodo, pode resultar no agravamento de quadros de saúde ou até mesmo no surgimento de outros problemas para idosos, Pessoas Com Deficiência (PCD) e animais de estimação. Diante disso, a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), por meio de suas comissões, não recomenda o uso desse tipo de item, sendo favorável, porém, àqueles fogos de artifício que não emitem barulho, promovendo somente um espetáculo de cores.

De acordo com o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Julius Schwartz, o problema não está nos fogos de artifício em si, mas no barulho que muitos deles promovem. Para pessoas com deficiência intelectual, por exemplo, que não conseguem se comunicar da forma convencional, ouvir o estampido das explosões acaba gerando reações inesperadas e prejudiciais à própria saúde do indivíduo.

Julius Schwartz cita como exemplo o caso de uma criança autista que bateu a cabeça na parede incomodada com o barulho dos fogos, a ponto de rachar a parede. Isso porque a dor da batida era menor que a provocada pelo estampido nos tímpanos dela. Sem contar nos idosos acamados, que muitas vezes se assustam repentinamente, e em recém-nascidos, que não estão acostumados com tamanho estrondo.

“Não somos contra os fogos de artifício, pois entendemos que eles são mecanismos de entretenimento interessantes, tradicionais no Nordeste, em especial nesta época do ano. Somos contra os fogos que geram estampido e barulho, que são os rojões, as bombas, as rajadas e os pistolões. Eles também fazem parte da tradição popular, mas são os que mais causam problemas e, por isso, precisam ser evitados”, conta Julius Schwartz.

Para Julius, o uso de fogos de artifício com estampidos se configura, nos dias atuais, quando todo mundo tem conhecimento dos problemas causados aos mais vulneráveis e aos animais, em um desrespeito.

De acordo com a presidente da Comissão de Bem-Estar Animal, Adriana Alves, os animais, em especial os cachorros, por terem uma audição mais aguçada, acabam sofrendo bastante com os estampidos dos fogos de artifício, o que prejudica não só os bichinhos, mas também aumenta os riscos de acidentes dentro e fora das residências.

“Se o barulho dos fogos já incomoda o ser humano, imagina o que acontece com os animais, que têm uma audição muito mais aguçada. O estampido gera insegurança, problema comportamental, fugas de residências e até acidentes, nos casos dos bichinhos que saem em disparada, invadem uma pista e acabam provocando um acidente. Além disso, eles ficam mais agressivos e podem até ter agravado algum caso de saúde, o que pode ocasionar a morte do animal”, afirma Adriana Alves.
Fonte: Assessoria

Redação

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