Após impedir cooperativas de votarem, eleição na OCB Alagoas será judicializada
O Jornal de Alagoas recebeu, nesta quinta-feira (3), denúncias de que cooperativas de vários segmentos do estado estariam tendo dificuldades em regularizar sua situação junto à Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado de Alagoas (OCB/AL). A regularização é importante para a participação ativa das cooperativas na Assembleia Geral da entidade.
Após uma decisão da Justiça, tomada no dia 10 de fevereiro, a OCB foi obrigada a cancelar a Assembleia. Segundo o processo, das 74 cooperativas que fazem parte da OCB/AL, somente 39 estariam regulares de forma financeira e documental, pelos critérios da organização.
No entanto, no site aparecem apenas 60 cooperativas. E em documento oficial no dia 18 de fevereiro, a OCB disse que apenas 32 estariam regularizadas. Uma preocupação a mais para as cooperativas que buscam mais transparência no processo.
“Esse processo eleitoral traz a opção de deixar a OCB/AL mais próxima das cooperativas. Ela tem se ausentado demais das cooperativas, principalmente as existentes nos segmentos agropecuários, médicos e de crédito. O cooperativismo em Alagoas precisa se abrir mais e chegar a todos os ramos de atividade”, afirmou o presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos.
Para Aldemar Monteiro, presidente da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), uma das mais importantes do estado, o momento é significativo para as cooperativas agrícolas e de agricultura familiar. “As cooperativas que irão votar estão fazendo parte da OCB. Até então, a gente não tinha abertura dos projetos e das representatividades em Brasília”, destacou.
Foi determinado, à época, que a OCB/AL notifique as cooperativas consideradas irregulares, concedendo a todas um prazo de 30 dias para regularizarem suas dívidas e documentação e somente após isso, realizar uma nova convocação.
Uma nova Assembleia ainda não foi marcada, mas as cooperativas têm até o dia 11 de março para se regularizarem. De acordo com as denúncias recebidas pelo Jornal de Alagoas, a OCB estaria dificultando o cadastro das entidades que estariam em situação irregular.
Na decisão da Justiça, a OCB é questionada por não informar no edital de convocação para a Assembleia, quais cooperativas estão regulares, não havendo assim tempo hábil para que elas se regularizem ou levantem a documentação comprovando a não existência de dívidas ou a falta de documentação.
O Jornal de Alagoas entrou em contato com a presidente da OCB/AL, Márcia Túlia, que encaminhou à assessoria de comunicação, mas não obtivemos resposta por ligações ou mensagens de texto.
Fonte: Jornal de Alagoas
